JORNAL LUMMUS

LIECHTENSTEIN, 12 DE JULHO DE 2015

ANNE BEATRICE ELIZABETH MARY MOUNTBATTEN-WINDSOR: "GOSTO DE DESAFIOS".

É princesa, tem 26 anos. Após uma estadia no mundo trouxa, ela volta as suas origens para agora chefiar o Instituto Russo de Magia, Durmstrang.


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Foi numa tarde de verão que nossa equipe encontrou com Anne Beatrice Elizabeth Mary Mountbatten-Windsor, a sétima na linha de sucessão do trono real da Monarquia Britânica, em sua residência oficial, o Palácio de St. James em Londres, Inglaterra. A entrevista foi bem descontraída até mesmo nos momentos em que se exigia um tom mais sério; além de ser carregada de pitadas agradáveis sobre a História da Magia como também nos mostrando um pouco dos costumes trouxas, posto sua estadia no meio deles por vários anos. De volta às origens, a jovem de 26 anos chefiará o Instituto Russo de Magia Durmstrang. E diz ter escolhido o gélido instituto justamente para que não se entrelaçasse o fato dela pertencer a uma realeza e ser diretora de uma escola da Magia. E está mais do que disposta a ajudar a sociedade mágica, sem se limitar às fronteiras no que tange aos estudos de nossos pequenos bruxos, que para ela constitui “a essência do futuro do mundo bruxo – britânico ou não”. A princesa ainda teceu sua opinião sobre a famigerada disciplina Artes das Trevas lecionada no Instituto Russo como também a respeito do conflito sempre existente entre bruxos sangue puro contra os trouxas, nascidos trouxas e mestiços.

Segue abaixo a entrevista:


Sua família tem uma importância muito grande no mundo trouxa britânico, como você em específico consegue conciliar estes dois mundos tão distintos?
Antes de qualquer coisa, apesar das sociedades bruxa e trouxa terem uma separação significativa no mundo atual, todos sabemos que há centenas de anos esta distinção não era tão proeminente, pelo contrário, muitos dos bruxos conviviam em meio aos trouxas e os auxiliavam em caso de necessidade, especialmente no que dizia respeito à enfermidades e similares. Assim sendo, por pior ou melhor que seja, mesmo em meio a tamanha distinção que existe entre estes dois mundos hoje, nós, bruxos, acabamos por compartilhar algumas características, costumes e até mesmo ideais que os trouxas também carregam. E, atrevo-me a dizer, uma das maiores e mais antigas dessas similaridades consiste justamente no fato de que, tanto a nossa história como a deles se baseie em algo significativamente simples e manipulável: a escrita. Não entrarei nos pormenores do que foi feito ou não, pois acredito que isso transformaria esta entrevista em um monólogo histórico, cansativo até mesmo para sua pena de repetição.
No entanto, posso dizer que, resumidamente, uma vez que a magia é vista de modo pouco amigável há milênios, quando enfim as famílias bruxas conseguiram se colocar na posição de governantes, para ali se manterem, eles tiveram de, justamente, deixar em sigilo as habilidades mágicas das quais eram donos. A partir disso, tudo acabou girando em torno do ‘como manter intacto este segredo’, o que significou executar muitas ações e formar alianças que nem sempre pareciam favoráveis – o que inclui, essa relação que o trono britânico, particularmente, possui com a Igreja.
De qualquer modo, apesar de imaginar que para meus antepassados manterem sua magia oculta foi algo difícil, no fundo não deve ter se tratado de algo muito diferente do que foi feito a partir da criação do Estatuto Internacional de Sigilo em Magia, porém em menor proporção.
Agora, quanto aos anos mais recentes, com o advento da tecnologia dos trouxas tem sido cada vez difícil esconder nossas origens, mesmo que eles ainda, em muitos casos, nos ajudem e enganem a si próprios – afinal, é curioso, para não dizer engraçado ou triste, dependendo do caso, como aqueles que sequer cogitam a possibilidade de existir magia encontram respostas variadas para explicar manifestações mágicas, seja atribuindo a extraterrestres, deuses, produções cinematográficas ou o que quer que exista de mais ‘plausível’ na mente do indivíduo que é acidentalmente exposto à magia.
Contudo, devido ao fato de minha família ter uma importância grande no mundo trouxa britânico, não podemos nos dar ao luxo de arriscar nem mesmo um pequeno deslize. Por conta disso os membros mais conhecidos, como sua majestade, a rainha Elizabeth II, acabam se mantendo quase que totalmente voltados para o mundo não-mágico, enquanto os integrantes menos visados pela mídia trouxa auxiliam no universo bruxo. Deste modo escondemos nossa origem mágica, sim, sem corrermos riscos de expor a magia ou negligenciarmos nossos deveres como família mágica. E acredito que isso ajude a esclarecer como exatamente mantemos esse ‘segredo real.

E como conseguem e conseguiram esconder o fato de que são uma realeza bruxa por todo este tempo?
Sempre estive a alguma distância da linha de sucessão e, por consequência, dos holofotes da mídia, no meu caso não houve – e nem há – grandes dificuldades. Assim sendo, estudei em Hogwarts durante sete anos, como é bem costume da família, e, após isso, mesmo que tenha me mantido atenta aos ocorridos no universo mágico e aproveitado a vida privada para ‘praticar’ magia quando possível, retirei-me quase que por completo para o mundo trouxa, a fim de me familiarizar com todas as peculiaridades que englobam esse mundo.

A senhorita disse que, por um tempo, voltou-se quase que por completo ao mundo dos trouxas, com o intuito de compreendê-los melhor, bem como o que os rodeia. Você trabalhou em algo específico por lá?
Sim, trabalhei como assistente em uma firma de capital de investimento, onde pude entender mais ou menos como é a economia trouxa. Depois de um longo período por lá, fiz parte da equipe de produção de uma empresa de entretenimento, voltada para a famigerada ‘caixinha com imagens que se movem’, também conhecida como televisão. Não sei se é interessante constar, mas antes disso, para entender o que se passou com os trouxas e o ponto de vista destes, cursei história no que os não-bruxos chamam de ‘faculdade’; um tipo de continuação da escola, mas que, ao menos na teoria, especializa os estudantes trouxas em uma área da escolha deles e os prepara para ingressar no mercado de trabalho condizente.

Poderia nos dar um exemplo do que seriam tais peculiaridades que os circundam bem como o que a fez voltar sua atenção ao mundo mágico?
Essas três experiências me ajudaram bastante a compreender as diferenças entre os dois mundos. Acredito que inúmeras são elas, mas há duas coisas que me vêm agora. Uma delas, aquilo que eles chamam de ‘tecnologia’ e que, a meu ver, é uma alternativa para a falta de magia dos trouxas. Melhor em alguns pontos, sim, mas pior em muitos outros. Por exemplo, enquanto nós utilizamos cartas, lareiras e patronos, eles tem a ‘internet’, que pode compartilhar fotos, textos, áudios ou quaisquer outras coisas em segundos, mas, por outro lado, nós podemos aparatar e usar chaves de portal para em segundos chegar onde queremos, já eles se amassam dentro de trens, perdem horas parados em seus veículos automotivos, etc. Fora isso há também outras coisas ‘menores’ que nós resolvemos com um simples giro da varinha, enquanto eles não.
O segundo ponto que me vem é a facilidade de se tornar uma vítima sem chance de defesa. Nós bruxos, em maior ou menor grau, temos desde muito novos nossa forma de nos defender uns dos outros, agora os trouxas... Eles possuem uma gama variada de ‘armas’ que não são nem de perto tão requintadas ou mesmo sutis. Um tópico que, se me permite, prefiro não me delongar.

Segundo fontes, a senhorita irá dirigir a Escola de Magia Durmstrang, correto? E por que Durmstrang? Ela foi a responsável pela sua volta ao mundo mágico, teve alguma importância em suas escolhas? Haja vista a distância inclusive de sua terra natal.
Passei os últimos nove anos me aprofundando no mundo trouxa e antes disso já vivia consideravelmente entre eles, enquanto minha experiência com o mundo mágico, além daquela junto de minha família, limitou-se muito aos anos de estudo em Hogwarts. Por conta disso, achei que, após tanto tempo e tendo agora uma maturidade maior, seria pertinente retornar e explorar mais a fundo o que o mundo vasto e antigo da magia tem a oferecer.
Devido a essa vontade, acabei me inteirando nas oportunidades oferecidas pelo mundo mágico e como sou dada a desafios, fui atrás da vaga recentemente aberta no Instituto de Magia Durmstrang e resultado disso, é que a partir do início do próximo ano letivo, passarei a dirigi-lo.
Não há, contudo, um motivo específico para eu ter escolhido a escola russa – ainda que eu confesse ter uma profunda curiosidade para saber mais sobre ela e os costumes lá existentes. De maneira geral, no entanto, trata-se de uma soma de fatores, entre os quais se encontra, justamente, o fato de ela ficar longe da Inglaterra.
Como disse antes, é importante para minha família manter os deveres com a sociedade mágica em dia e nada melhor do que cooperar na formação de nossas crianças. Entretanto, por mais que eu seja a favor e esteja mais do que disposta em ajudar nisso, para mim é particularmente incômodo misturar assuntos. No caso, meu status pessoal com meu eu profissional.
Com isso, optei pela distância deste país, onde há menos chances de eu ser reconhecida – ou não, dependendo do alcance do jornal, e menor também é o perigo de misturarem os assuntos da administração da escola com minha família e a relação desta com o Reino Unido, algo que, se eu fosse responsável por Hogwarts, por exemplo, seria mais difícil de deixarem passar.

E sua família, ela aceitou tranquilamente esta sua decisão de estar na direção de uma escola bruxa e em outro país tão distante como a de Durmstrang? Não achou mais importante você ter um cargo na suprema corte do Ministério Mágico, por exemplo?
Por mais absurdo que possa soar, ela não se importou tanto.
Sendo sincera, todos julgaram até mesmo a minha escolha interessante. Como eu comentei antes, apesar de todo o envolvimento político que a família Windsor possui com os trouxas, o que importa para ela, no que diz respeito aos bruxos, é ajudar a sociedade em si e como um todo, sem se limitar às fronteiras de nosso reinado – mesmo porque, acredito que a senhorita há de convir que estas fronteiras, quando relacionadas ao mundo mágico, são muito mais tênues, ou ao menos assim pareciam em meus tempos de aluna, visto que, por exemplo, conheci e estudei em Hogwarts com russos, alemães, americanos, franceses, chineses, dentre outros bruxos das mais diversas nacionalidades.
Assim sendo, quando optei por Durmstrang, somando todos os fatores já citados com o meu próprio modo de ser e o meu conhecimento, foi unânime a conclusão, especialmente dos membros da família que me são próximos, de que posso ser mais útil para a comunidade mágica administrando uma escola e cuidando daqueles que são a essência do futuro do mundo bruxo – britânico ou não –, do que, por exemplo, ficar sentada no alto de uma cadeira para, com base em leis sacramentadas há séculos, decidir sobre o destino que indivíduo x ou y terá.

Você citou Hogwarts e quão conflituoso poderia ser sua presença na direção daquela escola. Mas, segundo fontes, ela também estará sob a direção de um representante real, o senhor Kalet Casiraghi, representante da família de Mônaco e em Beauxbatons temos a senhorita Noëlla Zita Gerhard, da família da Bélgica. O fato dos três como diretores das principais escolas bruxas da Europa e de terem crescido juntos na infância foi apenas uma coincidência ou algo influenciou na presença de vocês na cadeira de diretor das escolas? Pois, se foi algo deliberado, poderia inclusive funcionar como uma forma de unificar mais o ensino de nossos jovens que é delineado por vias bem diferentes nas três escolas. Inclusive, em Durmstrang se leciona as Artes das Trevas, algo não muito bem quisto por muitos de nossa comunidade.
Se eu disser que foi uma coincidência e que não houve maquinações por trás das cortinas, acredito que a grande maioria, se não todos, duvidarão. Contudo, afirmo que, ao menos até onde meu conhecimento vai, sim, foi justamente isso que nos levou a ser aceitos cada qual em uma direção de ensino: uma coincidência.
Infelizmente, devido às preparações para assumir a direção de Durmstrang e minha consequente mudança de país, ainda não tive tempo hábil para conversar com nenhum dos dois de modo apropriado, logo, desconheço os motivos que os levaram a assumir a direção de Beauxbatons e Hogwarts.
Contudo, por mais que sejam situações diferentes da minha, garanto que, à parte de quaisquer que sejam os motivos, ambos são tão ou até mais capazes do que eu para estarem onde estão.
E não que não sei o quanto a presença de três diretores conhecidos entre si podem ou não afetar as escolas, mas acredito que uma unificação é algo que, por mais que tenha seu valor, também seria uma grande tolice.
Como eu disse antes, algumas barreiras são muito tênues em nosso mundo, ou ao menos assim eu percebo, logo, montar três escolas iguais me parece, no mínimo, enfadonho. Acredito que uma das belezas de Beauxbatons, Durmstrang e Hogwarts se encontre justamente nas diferenças e qualidades únicas que cada uma possui, sejam elas mais ou menos evidentes.
Quanto às Artes das Trevas, para muitos de nossa sociedade a magia das trevas não é bem vista, mas quem garante que esta é a única visão possível? Quem garante que só porque ela é dita ou mostrada por uma maioria como algo ‘ruim’, ela de fato é apenas isso e não algo... que utiliza caminhos diferentes?
Lembrando, claro, que vivemos em uma sociedade que, para uma maioria, foi e é considerado algo absurdo, impensável e que, por muito tempo, parecia ser ‘digno’ de ser perseguido e extinguido.
Mas, enfim, voltando à pergunta, só terei certeza do quanto a presença de nós três na direção poderá ou não afetar as instituições quando enfim estivermos por lá.

Já que uma padronização do ensino se mostra, como você mesmo disse, enfadonha podemos pelo menos imaginar um torneio tribruxo entre as três escolas dirigidas por amigos de infância à vista?
Acredito que o último tribruxo ocorreu há muito pouco tempo para quererem fazer um novo. De qualquer modo, não nego ser uma ideia interessante e, assim sendo, deixemos o tempo confirmar ou não a possibilidade.

As Artes das Trevas utiliza caminhos diferentes? Você poderia ser mais clara quanto a este assunto, para não soar aos nossos leitores uma realeza partidária das Artes das Trevas? Pois como o passado de nossa comunidade mesmo mostra, todos aqueles que levantaram o estandarte de guerras, genocídio, eliminação daqueles que ainda não são muito bem quistos por uma parcela considerável de bruxos ditos como sangue-puro, os chamados mestiços e nascidos-trouxas, usavam das Artes das Trevas como armas. Assim, como é possível vê-las como algo além de maléfico para nossa sociedade?
Antes que eu te responda sobre a questão das artes das trevas e a minha pessoa, permita-me uma observação sobre este tema, mas de parâmetro geral e meramente especulativo. O que, exatamente, são as artes das trevas?
Apesar de ter deixado os estudos há anos, lembro-me bem das aulas de ‘defesa contra as artes das trevas’ e de ‘história da magia’, assim sendo, sim, tenho ciência do quanto nossa sociedade sofreu na mão de alguns membros dela que usavam ‘as artes das trevas como armas’. Contudo, pelo o que eu me recordo, não apenas de maldições imperdoáveis ou criação de inferis ou criaturas malignas eram feitas as artes das trevas, mas também rituais de modo geral, mexer com espíritos, etc.
Certa vez, enquanto viajava, encontrei por acaso um grupo humilde de bruxos que, disfarçadamente, utilizava rituais para se comunicar com espíritos – algo que, como disse, é considerado uma arte das trevas. Contudo, eles faziam isso não com a finalidade de obter grande conhecimento ou poder, mas para repassar mensagens de pessoas já falecidas para os entes que haviam permanecido aqui na terra e, com isso, acalmar estas pessoas, ganhando em troca não mais que algumas moedas para sobreviver. Assim, o quanto isso, no ver de muitos de nossa sociedade, parece algo ‘maligno’, mesmo sendo magia negra?
Além disso, vamos supor que um bruxo acabe por cometer o terrível ato de matar outro bruxo por meio das artes das trevas ou de uma maldição imperdoável. Contudo, o primeiro bruxo é um renomado estudioso de grandes feitos e o segundo, um já conhecido infanticida que vinha assolando nossa comunidade e que estava prestes a fazer o mesmo com a criança do primeiro bruxo. Como a sociedade reagiria? Quantos serão que achariam o assassino deste caso como culpado e maligno e quantos outros o veriam como uma mão da justiça?
Agora, de fato respondendo sua questão, eu, Anne Beatrice, hoje, desconheço as artes das trevas, mas pelo pouco que me foi exposto em meus tempos de estudante, não consigo vê-la como algo benigno de forma alguma. Contudo, na minha humilde opinião, o mundo é uma coisa curiosa, que todos pintam de branco e de preto, mas que, na verdade, possui uma infinidade de tons. Alguns eu gosto, outros não, outros simplesmente desconheço e, sobre estes, nada posso afirmar de modo contundente até conhecer sobre – o que ocorrerá no momento em que eu entrar em Durmstrang e descobrir a quão verdade ou não são os rumores que cercam o instituto russo.

Tocando neste delicado assunto de sangue-puro, mestiços e nascidos trouxas, e agora Durmstrang e Artes das Trevas sabemos que a relação entre nosso mundo e o trouxa no qual sua família tem amplo destaque, sempre foi tênue, carregada de preconceitos dos dois lados, além de claro, um querer dominar o outro, motivo este inclusive que precipitou revoltas e guerras. Assim, qual sua opinião sobre este assunto delicado, inclusive, questionando-a se você pretende usar de sua influência real neste aspecto.
Sobre a relação trouxas e bruxos, é algo difícil de falar sobre. Como eu disse antes, são muitos anos e muitos fatores que envolvem o distanciamento dos dois mundos. Eu, particularmente, vejo vantagens tanto em um mundo quanto no outro, mas vejo seus ‘poréns’ na união desses dois povos de pensamentos tão distintos. Conheço pessoas que não suportam a ideia de se misturar com trouxas, assim como trouxas que não acreditam nem mesmo que não é o sol que gira ao redor da terra. Assim sendo, ao imaginá-las juntas, tudo o que posso pensar é no fim dos tempos, não em uma boa e simpática conversa.
No mais, sei que sou membro da realeza e que isso pode parecer algo incrível, mas a verdade é que, apesar de ser uma ‘princesa’ e de ter este status ante a sociedade, para muitos eu continuo sendo uma bruxa de quase vinte e sete anos. Ou seja, se eu virar e falar ‘você não pode fazer isso’ para um senhor com seus oitenta, provável que eu ganhe um revirar de olhos. Isso na melhor das hipóteses e supondo que eu não queira agir como uma ditadora.
Mas falando sério, no que tange esta relação, o problema não são os bruxos ou os trouxas, mas os humanos como um todo e a capacidade – ou incapacidade – pensante da qual são dotados, somado a seus conceitos e preconceitos. Algo que, sim, eu tento atiçar e questionar-nos outros, nem tanto por ser da realeza, mas porque faz parte de meu caráter.

Mudando totalmente o teor das perguntas, foi visto em algumas reportagens, você foi muito vista com um trouxa chamado David Clerke. Trata-se de um amor ou apenas amizade? O coração da realeza pertence a alguém ou ainda está à procura?
O Sr. Clerke é um amigo que amo muito, tal como amaria um irmão mais velho. Nada além disso. Agora sobre meu coração, digamos que ele é muito similar à dona: livre e despretensioso.

E para concluir nossa entrevista, princesa... A senhorita tem alguma mensagem para passar aos nossos leitores, para os jovens que ingressarão em Durmstrang e para os que de lá estão prestes de sair?
Para aqueles que ingressam, será um prazer recebê-los no instituto e ajudá-los a entender o funcionamento de Durmstrang, tanto quanto do mundo mágico como um todo – mesmo porque, no que diz respeito ao primeiro ponto em específico, eu ainda terei tudo bastante recente, o que facilitará para repassar.
Já aos veteranos e que estão prestes a sair, não os chamarei de gatinhos, nem abacaxizinhos, nem mesmo creio que terei uma criatividade digna para um apelido como qualquer um destes, mas, à parte disso, farei tudo o que estiver ao meu alcance e além para tornar o último ano de vocês apreciável e inesquecível. Afinal, vocês verão mais para frente quando se tornarem adulto, que não há nada como os tempos de escola.

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Para acompanhar o arco na íntegra:
Clique Aqui


Escrito por: Daphne Chamberlain.

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12/07/2015 às 14:19:18

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