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Russia Thaddeus Grignon [ 13376 ]

Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO

  • Thaddeus Grignon
  • Mundo Mágico
  • Mundo Mágico

  • NOME COMPLETO

    Thaddeus Grignon

  • RAÇA

    Lobisomen

  • CLASSE

    Mágica

  • ALTURA

    1,76m

  • PESO

    84kg

  • OLHOS

    Azul Claro

  • CABELOS

    Cinza Opaco

  • SEXO

    Masculino

  • ORIENTAÇÃO SEXUAL

    Heterossexual

  • IDADE

    83 anos

  • DATA DE NASCIMENTO

    09/03/1932

  • SIGNO

    Peixes

  • NOME DO PAI

    Phersefolus Stravinsky Grignon

  • NOME DA MÃE

    Mafalda Grignon

  • ORIGEM SANGUÍNEA

    Sangue Puro

  • LOCALIDADE

    Mundo Mágico

  • CIDADE/PAÍS

    Moscou/Russia

  • RELACIONAMENTO

    Viúvo (a)

  • NÍVEL


    Eu não sou exatamente um mestre na arte da escrita, todavia, tentarei transmitir aquilo que sei, e que me lembro. Perdoem-me, contudo eu peço, pois se acumulam os anos, e poções de memória não são as mais eficazes quando a idade pesa verdadeiramente. Permitam-me primeiramente que me apresente como é devido e como se espera de um cavalheiro. Meu nome é Thaddeus Grignon, comumente chamado de professor Grignon. 

    Sem mais delongas, caminhemos para o que interessa:

    Era o nono (09) dia, do terceiro (03) mês do ano de mil novecentos e trinta e dois (1932), quando nasci. Meus pais foram Phersefolus e Mafalda Grignon e viviam àquele tempo em um vilarejo próximo de Moscou, numa casa bastante afastada de qualquer grande centro urbano. Erguia-se por sobre de uma pequena cumeada, flanqueada ao poente por abetos antigos, e ao nascente pelo jardim, onde minha mãe cultivava suas begônias e beladonas. Era uma casa bastante grande, onde certamente viveram quase todos os antepassados de meu pai, toda feita em pedras escuras e com ar de ancestralidade, quanto a isso, talvez fossem os retratos mal pintados de meus avós, seus pais, ou os móveis em couro e sempre se empoeirando, ainda que a poeira enfrentasse diariamente a persistência de minha mãe. 

    Havia para leste e para oeste, outras casas como a nossa, com famílias como a nossa. Mas com os vizinhos o meu pai não se dava, de forma que mesmo minha mãe, por vezes evitava os chás em casa de madame Clotilde Digard, a quem meu pai julgava ser a senhora de maior língua em toda a Rússia. Quanto a mim, apreciava a companhia de Jean, o filho único da senhora Digard, cujos estudos em Hogwarts rendiam ainda assunto entre as amigas de minha mãe naqueles dias. No entanto, preferia até certo ponto a companhia de Amélie, a sobrinha de velho Travert, o dono da loja de doces do vilarejo, mesmo que meu pai a considerasse uma amizade ruim, pois até onde se sabia, os pais de Amélie não haviam se casado jamais, e o nome de seu pai, nem mesmo seu tio parecia saber. 

    Seria, aliás, junto desses amigos da tenra infância, onde pela primeira vez, eu teria uma mostra de meus poderes. Recordo-me que Amélie sabia seus truques desde que veio para a casa do tio, Jean soube que havia herdado o sangue bruxo ao arrebentar a cerca que rodeava sua casa, e eu por fim, consegui com algum esforço arrancar dos galhos do abeto, um boneco velho que lá havíamos arremessado. Mal sabíamos, porém, que seria a descoberta de tão impressionantes dons, o que nos apartaria. Ora nossa amizade, desde que anunciada a partida de Jean, pareceu findar-se aos poucos, pois não tardou para que soubéssemos que Amélie seria enviada a Beauxbatons pelo tio, e eu, viajaria naquelas semanas sem saber ao certo o destino.

    Embora meu pai preferisse aqueles ermos quase inteiramente despovoados onde vivíamos, era freqüente que visitássemos um tio que vivia em um vilarejo distante, e cujos bens meu pai administrava, incluindo sua pequena chapelaria e alguns poucos acres de terra para baixo do rio. Lembro-me de poucas viagens naquele tempo, com exceção de Caen, onde viviam os pais de minha mãe, e a Moscou, poucas vezes quando meu pai calhava de resolver negócios. Mas daquela viagem eu não me esqueceria, pois seria a partir dela, que tudo o que era, deixaria de repente de ser, afinal, eu saberia logo que estava destinado à distante Durmstrang.

    Hoje ainda, como se não houvesse se passado tantos anos, sou capaz de me recordar do aroma dos bolos e dos pães que minha mãe assava, do cheiro dos doces de Travert, do perfume das folhas e das begônias cultivadas em nosso pequeno jardim; e da mesma forma, sou capaz de me recordar do quanto essas lembranças vívidas em minha memória, foram dolorosas quando me deparei com os frios, duros e severos ares de minha escola.

    A partir daquela viagem, meus anos seriam completamente diversos. Meu pai acreditava que o Instituto seria apropriado para minha educação e formação enquanto bruxo e que seus métodos ríspidos eram os melhores para o verdadeiro ensino da magia. Não ousaria dizer que havia mentira em cada uma de suas opiniões, pois não havia. Apesar de longínqua e rigorosa, a escola possuía grandes mestres em seus salões, e ainda que tudo em minha nova vida fosse distinto do que fora um dia, aos poucos me habituaria. 

    Eram anos difíceis aqueles, havia grandes homens que desejavam grandes coisas, e não somente em Durmstrang como em outros tantos lugares, vozes se calavam quando a divergência de idéias e o anseio por maiores poderes se punham em questão. Eu era jovem, contudo, e se por ventura alguém me perguntasse sobre Bruxos das Trevas daqueles anos, pouco eu saberia dizer além de nomes que não eram segredo. Eu nada sabia do que ocorria, a não ser do tempo em que regressei por temor de meus pais, e que posteriormente retornei, quando estava derrotado o grande feiticeiro pelas mãos do maior bruxo existente no Reino Unido. Entretanto, permitam-me que retome aquilo que diz respeito somente a mim.

    A falta sentida daqueles amigos que havia deixado, existia, porém, creio que as amizades, pequenas ou grandes não cessem em verdade de existir; atenuam-se, tornam-se lembranças, como tudo de bom que há. Mas havia a partir de meu ingresso no instituto, um verdadeiro e imensurável universo de conhecimentos, de experiências, de contatos e ampliações do meu próprio - e até então, mínimo - ser. 

    Devo dizer que eu não apreciava algumas daquelas tantas disciplinas, em boa verdade talvez eu não apreciasse inúmeras delas, algumas por mera implicância de jovem, outras por verdadeira inaptidão. Adivinhação e Criaturas Mágicas eram conhecimentos, para mim, completamente distantes da compreensão. Havia, entretanto, um grande apreço pelos feitiços, pelas poções e, sobretudo pela herbologia. O trato com as plantas, por mais desagradáveis ou rebeldes que fossem, de algum modo me transportava de volta à velha casa, aos abetos, às begônias e às beladonas de minha mãe, e nem mesmo o frio do norte podia afastar-me disso. 

    Naqueles anos que se seguiram, e quando completos enfim os estudos, retornei à casa de meus pais, mesmo que por pouco, pois de tudo o que se encerrava em Durmstrang, permanecia o interesse pelas plantas mágicas e não haveria meio algum para que na tranquila região de Sourdeval, eu pudesse ampliar e acrescer o que havia aprendido no instituto. Dos amigos feitos, dos professores conhecidos, levaria comigo boas lembranças, e a dureza encontrada seria aos poucos também uma mera memória, desenraizada e retirada da terra de meus pensamentos somente por vezes, tal como se retiraria e se replantaria uma barulhenta mandrágora. 

    Apesar disso, seriam meus anos e todo o conhecimento lá adquiridos, que me conduziriam logo mais à Noruega, à Rússia e novamente à tantos outros lugares, onde estaria dedicando-me a longos anos e a prolongados estudos, que pareciam, se conduzir uns aos outros, aumentando e se tornando maiores como um sadio visgo quando não encontra a luz. Embora reafirme não haver em mim um verdadeiro dom para a escrita, publiquei em mil novecentos e sessenta e dois (1972) minha primeira tese sobre os efeitos danosos e usos sensatos da Figueira da Abissínia, partindo para outras obras a partir de minhas subsequentes graduações. Foi somente quando concluído meu Ensaio Sobre Os Cuidados Devidos Com O Tentáculo Venenoso, é que enfim tornei à casa de meus pais.

    Não poderia deixar de dizer que, embora dos meus tempos de juventude até a avançada idade, tenham existido amores de adolescência e talvez até mesmo algum eventual desejo sincero de enlace, os caminhos por mim tomados seguiram cada vez mais para outros rumos, culminando em uma relativa solidão, esta que nem sempre fora repudiada, pois seria ocasionalmente suprida por pequenos deleites e breves companhias, como a de colegas, amigos e até mesmo a de meus pais. Ao lado deles, enquanto conduzia pesquisas e compartilhava minhas criações com outros estudiosos da Herbologia, reencontrei após anos, Amélie e Jean, cada qual se haviam guiado por rumos diversos, porém uniram-se ao final e construíram em Sourdeval uma pequena família que, quase em nada se diferia daquelas existentes em minha época de criança. 

    Meu contato com aquela pequena comunidade, todavia seria curto, recordo-me que não havia se passado muito, um ou dois anos, talvez três de minha chegada, quando da chefia de Castelobruxo, receberia uma carta do instituto e posteriormente um convite a ingressar em seu corpo docente. A docência e o ensino da Herbologia, naqueles dias jamais me haviam ocorrido como carreira, mas era um cargo e um ofício bastante desejável e onde eu permaneceria pelos anos seguintes, deixando a escola somente quando ocorridas as mortes de meus pais, em anos futuros. Seriam a propósito, o ambiente escolar e a dedicação ao estudo e ao ensino, as fórmulas para a superação das dores que o tempo me havia reservado.

    Eu não poderia imaginar após tantos anos terem se passado desde minha infância e ingresso em Castelobruxo, que uma vez mais um Bruxo das Trevas se ergueria, mas as amaldiçoadas notícias voam, e eu contemplei com tristeza o despertar daquela nova escuridão que surgia, crendo, porém que, não nos afetaria como um dia ocorreu. Foi somente quando completava o ano de mil novecentos e noventa e seis (1996) e quando dada a morte do senhor diretor da escola que, o desejo de regressar á casa, aos abetos, begônias e beladonas acometeu-me em razão do lamento e do temor por cada sombra devastadora que se surgia e que a tantos levava em seu caminho de trevas. 

    Aos estudos possíveis em minha pequena estufa, pretendia dedicar os anos seguintes, embora fosse evidente a falta que me faziam as aulas, as vozes, as empolgações e surpresas de cada jovem aluno ao admirar pela primeira vez um gerânio dentado ou arapucoso. À Castelobruxo, à herbologia e aos estudantes, entreguei meus dias de juventude, e imaginava que somente a mim entregaria os últimos dias, minha velhice.

    A dois mil e dezesseis  (2016) provando que de meu destino não possuía controle e reafirmando o quão lamentável era minha prática de adivinhações, receberia um convite de Durmstrang, para que ocupasse em meu próprio país a função ocupada anos antes na escola brasileira. Não havia muito tempo, a resposta seria cortês, ainda que fosse uma recusa. Mas agora não, mesmo que não pudesse dizer que a proposta me favorecesse em termos de honorários, parecia-me tediosa naquele momento, a simples ideia de persistir solitário junto de minhas plantas, na afastada casa acima do rio, por mais que não desejasse admitir o erro que havia sido minha aposentadoria. Assim sendo, somente poderia aceitar, e assim vesti-me de luvas, equipei-me de adagas e tesouras e parti para uma nova estufa e de volta ao ensino da Herbologia.


[Bicho Papão] - Maior Medo: Com quase 90 anos de idade são poucas as coisas que me fazem temer, uma delas é a lua cheia.
[Dementador] - Memória: A primeira transformação.
[Testrálios] - Viu a Morte?: Sim. Devido a velhice o homem presenciou várias mortes, dentre elas as de seus pais.
[Tattoo] - Marcas corporais: Algumas cicatrizes na perna e nos braços (provindas de ataque de plantas).

Este perfil já foi visualizado 4.078 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 08/03/2020 às 21:04:47