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Finlandia Aurora Maerlyn [ 15677 ]

Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO

  • Aurora Maerlyn
  • Mundo Mágico
  • Mundo Mágico

  • NOME COMPLETO

    Aurora Maerlyn

  • RAÇA

    Humana

  • CLASSE

    Mágica

  • ALTURA

    1,75m

  • PESO

    70kg

  • OLHOS

    Verde Claro

  • CABELOS

    Ruivo Intenso

  • SEXO

    Feminino

  • ORIENTAÇÃO SEXUAL

    Heterossexual

  • IDADE

    22 anos

  • DATA DE NASCIMENTO

    05/12/1989

  • SIGNO

    Sagitário

  • NOME DO PAI

    Heikk Ilmonen Maerlyn

  • NOME DA MÃE

    Halle Stokowski Ilmonen

  • ORIGEM SANGUÍNEA

    Sangue Puro

  • LOCALIDADE

    Mundo Mágico

  • CIDADE/PAÍS

    Kuopio/Finlandia

  • NÍVEL

  • Animal de Estimação Animal de Estimação:

    Este personagem não possui um animal de estimação!

  • Feitiços Aprendidos Feitiços Aprendidos por este Personagem:

    Um total de 193 magias...

  • Inventário Total de Itens no Inventário:

    1 diferentes itens


    • 1 un de Varinha de Carvalho, 27cm, Cabelo de Ninfa, Aderente
  • Dados do Jogador Dados do Jogador:

    Camila

  • Ajuda

    Abaixo você confere alguns links para tutoriais e textos importantes que vão te ajudar a entender melhor o funcionamento do nosso jogo!

    Em caso de dúvidas procure alguém da Staff ou algum jogador mais antigo para lhe auxiliar.


Para muitos a atividade de migração poderia ser algo horrível, deixar suas raízes e sua terra, o lugar aonde nasceu e cresceu afim de buscar outro destino, e convenhamos que a maioria concordaria com isso. Só que talvez - e apenas talvez - o cheiro doce da carne humana queimada de sua genitora poderia mudar um pouco a perspectiva das coisas. Afinal de contas, não é sempre que uma criança e um esposo dedicado precisam esconder-se e espreitar por fendas o sacrifício daquela que, além de ter perdido parte da vida enquanto ainda caminhava, sacrificava seu próprio final na esperança de que aqueles que amavam sobrevivessem.

Heikk Ilmonen, ou simplesmente Grashnär, foi o líder de uma comunidade bruxa de porte pequeno que ficava na margem da grande sociedade de Kuopio. E Halle Stokowski, a turca de origem polonesa que observava a terra clara com seus olhos tão escuros, era sua esposa e amada. Os Ilmonen não eram, como em grandes histórias, uma família com muitas riquezas ou então com espólios e era até possível que Halle fosse mais abastada do que o esposo nesse sentido, um lado de sua família remontando até mesmo a época das Cruzadas em um emaranhado genealógico de ferrenha defesa dos deuses, independente de quais nomes possuíam e das mais variadas regiões da Europa fruto de migrações religiosas, políticas ou econômicas que existem desde que o homem ergueu as costas, olhou para os céus e começou a andar em busca de seu destino. O cerne da questão se resulta no fato de que, apesar de fazer parte de um retalho de etnias, Halle Stokowski tinha origens no norte europeu e um dia essa parte de seu passado a chamou, então foi a vez dela colocar os pés para fora de casa e caminhar por uma trilha que seus parentes não aprovavam. Ora, não foi mero capricho do destino que encontrou Heikk no meio do caminho. A sutileza e bondade extrema de Halle, juntamente com aquela paixão que ardia em si que a impelia em buscar um sentido para sua existência arremataram o coração de Ilmonen, e na primavera do ano seguinte ambos estavam instalados em uma pequena casa em Kuopio, ambos com um claddagh no anelar esquerdo.

O pequeno vilarejo aonde moravam era chamado de Hayao, em homenagem ao homem de mesmo nome que o fundou em tempos perdidos, propiciando aos bruxos da região um local seguro para viverem, escapando de caçadas contra bruxas. Tal lugar era mantido por um pequeno conselho do qual Heikk era líder, sendo um poderoso feiticeiro que conseguia criar e fazer a maior parte dos encantamentos dobrarem aos seus pés, garantindo a privacidade que todos os moradores daquelas pequenas casinhas ao sopé da montanha necessitavam. E no dia 5 de Dezembro, cinco outonos após a chegada de Halle naquele local, na Grande Praça iluminada pelo nascer do sol e por fogos de artifício que corriam de suas árvores até o grande chafariz com a bela imagem de Hayao brandindo sua varinha, o nascimento da filha do casal foi comemorado. Aurora, como foi chamada em homenagem a antigas mitologias e deuses que Halle acreditavam terem grande poder ainda nos dias de hoje, não poderia ter sido mais desejada e esperada por seus pais, entretanto parecia que uma chama havia se apagado no rosto de sua mãe. O parto havia sido difícil e os curandeiros disseram até mesmo que mágica havia sido usada para auxiliar o nascimento da criança. O corpo de Halle ardeu durante muitos dias, o suor escorrendo da bonita testa e a face corada perdendo sua tonalidade para adquirir a palidez que teria até o fim de seus dias.

O crescimento de Aurora, sob muitos aspectos, foi tranquilo. Carregava em si, entretanto, uma dúvida secreta sobre ser a causadora da doença que afetava sua mãe, embora o pai sempre lhe garantisse que não era culpa dela. "Algumas coisas se perdem", ele dizia, por mais que, sempre ao olhar para a face ausente da esposa, ainda sentisse esperanças dela retornar a ser o que um dia fora. Aos poucos, porém, as coisas começaram a piorar um pouco e Halle perdeu por completo o dom da fala e passava muitas horas do dia sentada escrevendo em um pequeno livrinho que guardava junto de si, pendurado em um pequeno laço ao pescoço. E toda noite quando dormia ao lado de Heikk este sentia o corpo dela tremer e o peito molhado aonde a cabeça da esposa repousava. E as esperanças de Grashnär foram embora, o instinto humano egoísta o fazendo se afastar daquela que amava, sabendo que não demoraria muito até o fim vir, e tudo que fazia era acompanhá-la em suas visitas frequentes a pequena igreja que tinha em Hayao, construída a pedido da própria Halle. Afinal de contas, era uma mulher muito religiosa, e rezava durante muitas horas do dia, sempre abraçando o pequeno livro que tinha consigo, e apenas o abriu uma única vez: quando a filha tinha começado a ler e queria ensinar-lhe as diferentes rezas que aprendera. Então era dessa forma que crescia a pequena Aurora. Observava com frequência seu pai movimentando a varinha e fazendo encantamentos para divertí-la e via a mãe inclinada sobre o pequeno livro, febrilmente, escrevendo.

Os anos passaram. E poderiam ter sido cem deles que não diminuiriam em nada o amor e carinho que Aurora e Herikk tinham pela mulher de suas vidas, entretanto veio a situação em que Halle ficou de cama muitos dias. A filha já estava crescida, tinha seus dez anos, e o pequeno mundo que sua mãe criara foi aberto a ela. O pequeno livrinho tinha escrito em muitas línguas as histórias que Halle recordava de sua própria família, inclusive uma pequena lenda que fora o que mais tinha escrito: "A história de Bella Hurskein e a maldição turca". Segundo o livro Bella Hurskein era uma camponesa de uma família bem pobre que vivera na península arábica e que se apaixonara por um jovem homem que lhe entregou seu coração e revelou um estranho fato: podia fazer encantamentos. Bella, cega de amor, raramente pensava que seu agora esposo pudesse algum dia ter feito pacto com demônio algum, por mais que uma vozinha em sua cabeça insistisse que aquilo não era natural: apenas deuses podiam encantar o mundo, mortais não. E ele ensinou alguns truques para ela, e não demorou muito para a mesma poder imitar algumas coisas que ele fazia, em graus menores e menos belos, mas ainda assim fazia. E ao nascimento do primeiro filho do casal, o varão que ambos esperaram com tanto ardor, foi que veio a maldição: o bebê nascera morto. Tomada pela dor e iludida pelas próprias crenças deu as costas ao marido e fugiu de casa, e na beira do rio que cortava suas terras jurou que nenhum daqueles que carregavam o seu sobrenome ou o sobrenome do homem pelo qual se uniu iriam carregar mais tal pacto com o demônio. Todas as mães eram culpadas e deveriam sofrer da mesma dor que ela, perdendo seus bebês caso ousassem repetir os sortilégios. E afogou-se no rio, abraçada com o filho morto, para nunca mais ser vista ou mesmo achada. Halle, em suas anotações, falava que o esposo de Bella tinha feito um contra-encanto forte permitindo que os filhos das mães de sua família nascessem vivos, caso elas estivessem dispostas a dar algo em troca, e a própria Halle tinha escolhido ter uma filha e perder a própria vida por isso e o mero pensamento de perder a vida a fez morrer em parte e agora caminhava, como um fantasma, para o destino que escolhera, e que, apesar de tudo, tanto se orgulhava.

Aconteceu o inevitável, e apesar das fortes pressões do conselho da cidade, Heikk continuava com seus feitiços e não permitia que outro tomasse seu lugar, por mais que, com o tempo, ficasse evidente que sua força estava diminuindo. E então veio a rebelião. É incrível como a barbária toma conta nos momentos mais desesperados da raça humana, e naquele dia não foi diferente. Juntaram-se pais preocupados com seus filhos caso a magia se desfizesse e poderosos interesses que eram suprimidos por Heikk, que não tinha interesse em aumentar ainda mais o vilarejo. A cidade queimou com a batalha e o assalto a casa dos Ilmonen. Tomada de pavor Halle fugiu no meio das chamas, deixando para trás sua filha que se embrenhava no colo do pai que fazia cair cada bruxo que o desafiava, agora tomado do instinto da sobrevivência e cada batida desesperada do coração de Aurora contra seu peito o fazia apenas querer mais. Não tinha como ficar naquela região, não mais, então conseguiu sair pela porta dos fundos e deixar a filha ali, voltando para buscar a esposa, entretanto só voltou com parte de seu braço sendo lambido e consumido pelo fogo, criando uma lustrosa queimadura que não sararia nunca. Pegou novamente Aurora no colo e foi para a saída da cidade, entretanto o choro da menina devido a uma queimadura no pulso chamou a atenção dos que estavam buscando por eles. E foi quando Halle apareceu. Chamou a atenção de todos brandindo sua varinha e jogou água na multidão de bruxos, que em completa dominação pela perseguição como estavam deixaram-se levar pela crueldade. Içaram Halle com magia, e ela só olhava para sua própria filha enquanto, aos poucos, o fogo a consumia, até o momento que não mais pode segurar-se e urrou de dor, a parte que faltava de sua vida esvaindo-se como fumaça de seu corpo que tão logo foi carbonizado e suas cinzas levadas pelo vento.

Apesar da dor que os consumia Heikk teve presença de espírito o suficiente para fugir. Aproveitou-se da distração da esposa, seu último ato de sacrifício, para sair pela lateral da cidade até os limites da magia, e então atravessá-los e aparatar para o único lugar que conhecia que poderia ser seguro, o lugar que Bóris Ilmonen, seu pai, lhe contara em histórias, e aonde dizia que morava: o Refúgio Maerlyn.

E foi dessa forma que "Grashnär" Ilmonen tornou-se Heikk Maerlyn e como sua filha tornou-se Aurora Maerlyn.



Este perfil já foi visualizado 2.444 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 21/10/2013 às 20:44:28