Há mais ou menos doze anos atrás, uma bruxa chamada Maya decidiu se aventurar no mundo trouxa para estudar esses seres que eram seu fascínio. Logo conheceu um mortal chamado Luke e se encantou por ele, embarcando em um romance que resultou numa gravidez, o que foi uma coisa um tanto difícil para ela. Passados os nove meses de gestação, deu a luz a uma menina, apesar de até ter gostado da garota, não queria ficar presa a aquele humano nem ser restringida por ser mãe então, assim que pôde, a abandonou com o pai e voltou para o lugar onde morava antes, desistindo de viver entre os trouxas.
Luke se viu sozinho para criar a garota, o que não o agradou, mas sendo repreendido pela família por pensar em abandonar a garota em uma rua qualquer, decidiu criá-la. Acabou por chamá-la de Annie porque era um nome fácil de se lembrar. Ele passou a detestar a garota mais do que tudo, vendo-a como um estorvo que fora imposto para sua vida. Deixava-a largada em qualquer lugar, lembrando-se de alimentá-la apenas quando o choro da mesma se tornava insuportável. Apesar de todos os maus cuidados, ela sobreviveu a isso, a garota era forte de saúde.
Quando ela fez cinco anos, ele julgou que ela já estava grande o suficiente para se virar em coisas básicas e a deixava sozinha em casa, enquanto saía para trabalhar e beber, voltando apenas tarde da noite, geralmente cambaleando e vomitando pelos cantos. Mas ainda tinha força de sobra para descontar suas frustrações na filha, que aguentava quieta, tentando não atrapalhar ele com o choro baixo que o irritava.
E assim foi crescendo a garota, suportando em silencio tudo, sem nem abrir a boca, alguns até acreditavam que ela tinha perdido a capacidade de falar por falta de usar a voz. Até um dia que, aos nove anos, durante uma das vezes que apanhava, a garota gritou com o pai, em um acesso de fúria que acabou por explodir as lâmpadas da casa. O pai, julgando-a um perigo, prendeu-a numa gaiola, deixando-a ali por vários dias dando apenas água e um pão de manhã. Nesse modo, Annie foi adoecendo e acabou por parar no hospital, um mês depois, desnutrida. Após esse episódio, a avó a pegou para cuidar.
A vida na casa da avó era bem diferente, lá ela era alimentada direito e teve a chance de ser uma criança normal, exceto pelas coisas estranhas que aconteciam às vezes. Tinha uma prima que se tornou sua melhor amiga e juntas brincavam por várias tardes.
Pouco depois de a loirinha completar nove anos, sua avó foi brutalmente assassinada a sua frente, tentando fazer com que assaltantes não levassem o anel de diamantes dado pelo marido dela quando a pediu em casamento. Assim, depois do enterro,
Annie retornou a casa de seu pai, que era o único lugar que tinha de ir agora. E os maus tratos continuaram até ela ter idade para frequentar uma escola de bruxaria, da qual ela não sabia da existência, mas quando foi convocada, o pai mais que rapidamente concordou que ela deveria ir, assim se livraria dela pela maior parte do tempo.
[Ojesed] - Maior Sonho: A avó sorrindo para ela com um prato de cookies na mão.
[Bicho Papão] - Maior Medo: O pai dela.
[Dementador] - Memória: O dia que matou o pai.
[Testrálios] - Viu a Morte?: Sim. O pai e o outro cara que ela matou.
[Tattoo] - Marcas corporais: Possui algumas cicatrizes de cortes decorrentes das vezes que apanhava do pai.