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Steve nasceu no coração de Londres, no berço de uma família influente inglesa: os Broadbent. Bartholomew Grant, um homem de princípios inabaláveis, cortês, extremamente sério e calmo, conheceu Delilah aos 24 anos com quem se envolveu romanticamente por longos dez meses. Certamente longos para ele, que fazia planos para o futuro com Delilah, então uma jovem de 18 anos - dona de uma personalidade selvagem e instável, sua impulsividade era o pilar central de muitas discussões entre os dois; olhando por esse ângulo sequer saberia dizer como o casal resistiu junto tanto tempo. Todavia, existia um motivo. Nas primeiras semanas, Delilah revelou estar esperando um filho e ciente de sua responsabilidade, Barth a acolheu em sua residência e jurou a si mesmo que jamais a deixaria sozinha, carregando um fardo que também era seu. Quando a criança nasceu, forte e saudável, Delilah desapareceu. Um menino, pequeno e com muito cabelo na cabeça, assim nasceu Steve. E deixado aos cuidados de Bartholomew, seu pai, um famoso historiador e professor da Universidade de Cambridge, que passou a dividir seu tempo entre criar e educar uma criança e as muitas horas de estudo e pesquisa que precisa dispor enquanto docente. Como bom acadêmico, Bartholomew sempre prezou pela educação de Steve certificando-se de que o filho pudesse frequentar as melhores instituições e cursos do país desde o momento em que podia se comunicar o suficiente para não fazer xixi nas calças. Claro que a educação secular não era a única prioridade na residência dos Broadbent, conforme os anos passavam, Little Stevie demonstrava mais e mais talentos misteriosos, coisas que seus professores não conseguiam explicar – como uma caixa pegando fogo depois que Maryann não o deixou brincar com ela, ou os livros flutuando quando as crianças deviam estar dormindo. Dentro das quatro paredes domésticas esses pequenos atos eram não só aplaudidos, como incentivados e quando, finalmente, a carta de Hogwarts chegou no verão do décimo-primeiro aniversário de Steve não foi nenhuma surpresa. Os anos na instituição inglesa passaram num turbilhão de atividades: quadribol, clube de duelos, estágio no Lummus e no Profeta Diário; típico de um aluno da Corvinal com incentivos em todas as frontes. Após a conclusão de seus estudos, Steve decidiu tirar um tempo de folga, longe das atribulações do mundo mágico e focar em uma paixão descoberta ao acaso: cinema. Anos e anos de aulas teóricas, centenas de rolos e milhares de horas depositadas com amor numa arte esquecida pelos bruxos e tão apreciada pelos trouxas. Seguindo os passos de seu pai, começou a dar aulas na Universidade Metropolitana de Londres, buscando aprofundar a mesma paixão em jovens de todo o mundo.
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