Dados Básicos do Fórum:

Na Zonko's não citamos nenhum dos personagens dos livros ou filmes. Vivemos no mundo mágico, mas nem Harry Potter, Voldemort, Dumbledore, Comensais da Morte e etc. existiram em nosso mundo, com isso você não pode usar nenhum sobrenome dos personagens dos filmes ou livros. O fórum encontra-se nos dias atuais, no ano de 2013 d.c. e as condições climáticas variam de dia para dia e de tópico para tópico, conforme você poderá observar. O nosso período letivo dura oito meses contando com as férias. Nossos adultos recebem por dia de presença e seus tópicos em ON lhe renderão pontos e goldens (nossa moeda). Você nunca poderá interpretar a ação de outro personagem (salvo com autorização), mas poderá interpretar livremente o seu personagem (seja sempre coerente), lembrando que toda ação possui uma reação. A capital do Mundo mágico está localizada em Vaduz, Liechtenstein.

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Franca Frederick Bertrand [ 17212 ]

Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO

  • Frederick Bertrand
  • Mundo Mágico

  • Mundo Mágico

  • NOME COMPLETO

    Theodore Leonard Pelletier

  • RAÇA

    Humana

  • CLASSE

    Mágica

  • ALTURA

    1,90m

  • PESO

    76kg

  • OLHOS

    Azul Claro

  • CABELOS

    Loiro Claro

  • SEXO

    Feminino

  • ORIENTAÇÃO SEXUAL

    Bissexual

  • IDADE

    23 anos

  • DATA DE NASCIMENTO

    17/12/1996

  • SIGNO

    Sagitário

  • NOME DO PAI

    Armand Pelletier

  • NOME DA MÃE

    Pauline Pelletier

  • ORIGEM SANGUÍNEA

    Mestiço

  • LOCALIDADE

    Mundo Mágico

  • CIDADE/PAÍS

    Roubaix/Franca

  • RELACIONAMENTO

    Solteiro

  • NÍVEL

[A ser editado...]


 


 


[Leona Roux D'Aramitz!]


Algumas pessoas têm a 'sorte' de dizer que cresceram num bairro pobre em Nova York, ou Brasil - você sabe, um daqueles que aparecem sempre em filmes e seriados, repetitidamente notados a ponto de serem famosos. Eu? Tinha a sorte de dizer que cresci num bairro (cidade) pobre da França. Pois é. Todo mundo sabe os estereótipos franceses: frios, arrogantes, narcisistas. Agora imagina isso num contexto em que você não só é francesa, como considerada a ralé dos mesmos. Exatamente.

Minha infância não foi um período dos mais fáceis, em meio a ajudar minha mãe com seu trabalho de costura e perguntar esporádicamente se ela tinha notícias do meu pai. O cara que nos abandonou quando eu tinha três anos nunca foi presente em minha vida, exceto por cheques mensais que davam mais ou menos para uma escola mediana e minha comida, tudo sob a condição de se afastar por completo de mim. Josephine, minha mãe linda, era o tipo de pessoa que trabalhava duro para conseguir o mínimo possível, só porque podia conseguir alguma coisa; foi assim que eu cresci, vendo o exemplo dela, ajudando-a também, e me esforçando para conseguir eu mesma o pouco que era possível. Quem fazia a comida? Eu. Quem andava dois quilômetros só para fazer as compras? Eu. Quem se espantava todo dia quando um ônibus relativamente bom vinha me pegar para a escola? Eu.

Podemos chamar a escola da discrepância na minha vida. Quer dizer, minha casa não estava caindo aos pedaços nem nada, com o dinheiro extra dos cheques nós conseguíamos fazer alguns reparos, mas a situação era bem diferente do lugar onde estudava. Tão diferente que, se não fossem minhas notas altas e o dinheiro que cobria a parte não coberta pela bolsa de estudos, provavelmente seria expulsa sem uma mísera linha de carta explicando. Não vou dizer e-mail porque mamãe sempre odiou tecnologias, e o único celular que eu tive antes dos meus onze anos foi um roubado... por duas horas. Fato era, eu me esforçava. Prendia meu cabelo num coque, vestia o uniforme bege e branco, colocava minha expressão mais determinada e menos triste no rosto, e usava todos os minutos possíveis para estudar. Só assim conseguiria algo melhor! Era isso que mamãe dizia. Ela trabalhava por mim, porque um dia eu a sustentaria... tudo por conta da minha inteligência e esforços.

Resumindo, sempre fui menos de reclamar e mais de usar o tempo fazendo o necessário para não precisar reclamar (há! estratégia!). E as coisas continuaram assim, até o dia que minha vida deu um giro completo... o dia em que recebi minha carta de Beauxbatons. Veja bem, eu não era uma criança esquisita. Apesar da pobreza, até fiz algumas amigas na escola, conseguia conquistar algumas pessoas fazendo charme, tinha minhas artimanhas infantis, por assim dizer. Mas isso não significava que fazia parte deles. Só quando recebi a notícia de que era uma bruxa, coisa que nem mesmo minha mãe sabia, foi que compreendi por que coisas esquisitas aconteciam comigo: A vez que deixei algumas sacolas caírem num riacho e misteriosamente elas reapareceram a minha frente, o dia em que uma menina tentou me encurralar no banheiro feminino e os rolos de papel higiênico voaram no rosto dela, entre situações mais discretas.

Foi também quando compreendi que eu tinha, sim, uma chance de mudar - e não apenas através do meu esforço. Aos onze anos, ainda não havia entendido por completo a dimensão disso, mas foi assustador, e novo, e fantástico ao mesmo tempo. Eu me maravilhei. Faltavam alguns meses para o começo do ano letivo, mas quando recebi o cheque do mês seguinte, na mesma hora mamãe tomou a decisão de me desmatricular da escola e comprar alguns livros de bruxaria. Era uma decisão arriscada, claro, mas a vice-diretora havia provado que bruxos realmente existiam, e apesar de minha mãe estar tão confusa quanto eu, ela acreditava em mim, e acreditava no meu destino de vida (ao menos, era isso que ela dizia, eu nunca acreditei em destino). Aos onze anos e alguns meses, vi-me embarcando para o que seria a completa mudança de minha vida.

E foi.

Eu me esforçava. Adotada pela Deusa Mélusine, não demorou para tornar-me uma das alunas mais brilhantes dos meus anos. Isso veio com um preço, claro, nesse caso, meus amigos eram praticamente os únicos que gostavam de estudar e passavam tempo na biblioteca, o que significava que por anos não sabia muito deles. Eu sentia que precisava me esforçar tanto quanto possível, e vi-me fechada (ainda que tranquila e nada tímida quando vinham falar comigo), lendo tantos livros quanto possível, aprendendo os conteúdos de ambas escolas trouxas e bruxas. Não sei por que fiz isso, por que não concentrei-me apenas em estudos de bruxaria, mas a verdade é que, em parte, estudar as matérias trouxas também era uma forma de manter minhas origens, aquela parte tão importante de mim. Podia ser alguém diferente quando pisei em Beauxbatons, mas estar ali, ser uma bruxa, nada disso apagava minha história.

Não vou fazer perdê-los seu tempo, mas a verdade é que concretizei tudo que queria, e fui além. Aos dezesseis anos, já no sexto ano, vi-me um pouco menos concentrada nos estudos, só o suficiente para manter minha posição entre os melhores da classe, e comecei a sair mais; encontrei um clube de amigos, passei a frequentar algumas festas, basicamente aprendi a me divertir. Foi uma mudança lenta, nada súbita, mas aconteceu. E não foi para o pior, porque minha mãe parecia orgulhosa de mim e, sinceramente, os professores também. Mais importante? Eu estava.

Quando saí de Beauxbatons, tomei minha decisão: Voltei para casa. Dessa vez, com o dinheiro reunido de anos de estudos, tudo porque utilizava parte de meu tempo para tutorar alunos (durante meus anos, eu era uma das únicas que oferecia aulas de matérias trouxas), vi-me numa situação em que podia mesmo melhorar a vida da mamãe. Já não tinha mais nada faltando, e em pouco tempo percebi que podia conseguir mais. Demorou dois anos, tudo porque não aceitei ofertas de trabalho bruxo, mas vi-me aceita por uma das faculdades mais respeitadas da França. A bolsa de estudos era o que permitiu minha entrada, as economias foram responsáveis pelo meu mantimento. Foi ali que realmente cresci, aprendi não apenas a ser uma aluna dedicada, como também uma pessoa; entrei em uma fraternidade, tudo por conta de uma espécie de bolsas de estudo oferecidas pelo próprio grupo, e conheci minhas irmãs, minhas amigas.

O que rolava? Bom, proibição de álcool, muitas noites de estudos, a necessidade de manter médias altíssimas, mas também diversão, companheirismo, desafios... foram anos bons. Meu curso? Em Beauxbatons, percebi duas coisas: que gostava de ensinar e que gostava de aprender. Mas também, e isso foi algo que mamãe apontou quando estava quase me formando, eu era boa em gerenciar coisas. Isto é, sempre fui organizada, dedicada, nunca perdi tempo com futilidades e, no geral, sabia me administrar, de todos os ângulos. Juntei esses talentos, além de capacidades socíaveis que melhoraram e muito na fraternidade, e completei um curso dedicado. Quando me formei, consciente de que era apenas a continuação de uma longa estrada - com todas as minhas amizades novas de bagagem -, entrei no mercado de trabalho. Bruxo.

Iniciei como professora de escolas menores espalhadas na França, além de trabalhos alternativos estudando alunos, e com o tempo cresci nisso. Não foi um espaço de anos muito grande, mas juntando os cursos de fora que fazia e os trabalhos, experiência era algo que, de fato, adquiri. Consegui sair além dos colegas bruxos que, ao diminuir os trouxas, simplesmente não conheceram o mundo como eu conheci. E foi por tudo isso que vi-me enviando meu currículo para a escola bruxa mais conceituada na França, Beauxbatons. Exatamente, a escola onde estudei, que tanto amava - era um tiro no escuro, mas... por que não?



Este perfil já foi visualizado 2.134 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 23/11/2021 às 23:52:02