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Inglaterra Raizel Kreigsman [ 17221 ]

Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO

  • Raizel Kreigsman
  • Special Mundo Mágico
  • Special Mundo Mágico

  • NOME COMPLETO

    Raizel Hanin Kreigsman

  • RAÇA

    Humana

  • CLASSE

    Mágica

  • ALTURA

    1,70m

  • PESO

    58kg

  • OLHOS

    Azul Intenso

  • CABELOS

    Preto Escuro

  • SEXO

    Feminino

  • ORIENTAÇÃO SEXUAL

    Indefinido

  • IDADE

    20 anos

  • DATA DE NASCIMENTO

    08/10/1998

  • SIGNO

    Libra

  • NOME DO PAI

    Efrat Kreigsman

  • NOME DA MÃE

    Ayalah Hana Kreigsman

  • ORIGEM SANGUÍNEA

    Mestiço

  • LOCALIDADE

    Mundo Mágico

  • CIDADE/PAÍS

    Londres/Inglaterra

  • NÍVEL

Como iniciar uma história? A resposta óbvia seria: pelo início... Mas o que determina o início de algo? O nascimento? E, ainda que seja este, de qual nascimento estamos falando? Particularmente não considero a saída do útero algo tão relevante, ainda que tenha sido a forma como vim ao mundo.




 




Assim sendo, iniciarei minha história pela minha ‘morte’, pois foi através dela que conheci a verdadeira vida, aquela que eu mesma escolhi. Para tanto, iniciarei pelo meu nome: Raizel Hanin Kreigsman. Raizel significa primeiro raio de sol, embora isso não seja o que há de mais relevante sobre ele, o fato é que ele grita judaísmo, não qualquer corrente judaica, mas a mais radical delas.




 




Nasci e fui criada em um bairro de Londres, literalmente um bairro, já que nunca tive permissão para deixar o local, onde não havia internet, ou televisão, vídeo game, água encanada, ou qualquer coisa minimamente tecnológica. Sinceramente? Hoje, não consigo imaginar minha vida sem algumas dessas coisas, como a internet, mas na época considerava normal viver sob os mandamentos da Torá.




 




Aos onze anos fui ‘escolhida’, como explicaram meus pais, para perpetuar a história dos Kreigsman, sendo encaminhada para Durmstrang, onde deveria absorver todos os ensinamentos, associando-os aqueles que me haviam sido ensinados na Sinagoga.




 




Durmstrang não me ensinou apenas a ser forte e a lutar, também incutiu em mim o desejo pelo conhecimento, fazendo-me aprofundar meus estudos, levando-me a questionar tudo, inclusive os dogmas que me haviam sido impostos. Mas, infelizmente, ainda não foi durante esse período que consegui me encontrar, em verdade, foi um pouco depois, ao deixar a escola, ‘ganhei’ a incumbência de visitar Sinagogas ao redor do mundo, difundindo o que havia aprendido, ou seja, mentindo para os pobres não mágicos.




 




África do Sul era para ser apenas mais uma viagem, mais uma enganação... Mas não se limitou a isso! Acabou sendo o local de meu novo nascimento, quando percebi o que era o mundo de fato e todas as mudanças que poderia efetuar nele. Recordo-me com perfeição de como tudo aconteceu:




 




Eu estava saindo da Sinagoga, após mais uma reunião, onde precisei acenar e sorrir como se concordasse com tudo o que aqueles homens decidiam, não concordava, apenas para registro, mas também não tinha motivação para contradizer, ou poder, já que em nossa religião a fala se encontra com os homens. O responsável por me deixar em casa acabou por esquecer-se, deixando o local antes de mim, o que fez com que um grande burburinho atacasse o local, afinal, eu era mulher e eles não poderiam ficar a sós em minha presença, em verdade, sequer deveriam ficar em minha presença.




 




Não sei bem o que me motivou, ou o que estava pensando, mas em dado momentos simplesmente saí andando pela cidade, afinal a casa em que me encontrava hospedada ficava há apenas alguns minutos da Sinagoga. Acho que minha atitude despertou ainda mais furor entre os presentes, mas meus olhos já não encontravam detidos em suas palavras e sim na arquitetura única que me cercava.... As cores, o cheiro, o sabor, pois, sim, havia algo naquele ar que me fazia degustar do mesmo.




 




Fascínio, acho que seria a melhor palavra para descrever o que sentia. Não consigo precisar o momento no qual ‘decidi’ algo, mas antes que me desse conta saí caminhando pela cidade, absorvendo um pouco de sua grandiosidade, embora ainda não tenha sido isso que tenha ‘mudado’ minha vida. Em verdade, não foi um o que, mas sim um quem e essa pessoa surgiu como um pequeno tornado, justamente nesse momento de exploração.




 




Violette Armynel surgiu como um anjo, ou seria demônio? Tenho certeza que meus pais apontariam para a segunda opção, o que reforça minha verdade que que ela é um anjo. Eu ‘esbarrei’ com a loirinha em um café próximo a Sinagoga, sempre que passava por lá no carro, sentia vontade de parar, mas esse tipo de liberdade jamais me seria concedida, então, aproveitei meu momento de ‘rebeldia’ para finalmente desfrutar daquele local. Então, ela apareceu.... Com toda sua liberdade expansiva e seus longos discursos sobre a Revolução Francesa, seus ideias, pensadores e Direitos Humanos.




 




Minutos, horas se passaram e não conseguia me cansar de suas palavras, não apenas pela forma como elas casavam perfeitamente com os sentimentos conflitantes que alimentava em meu interior, mas principalmente pela paixão com a qual ela as pronunciava. A despedida veio cruel como um remédio de gosto amargo, encontra-la foi como acordar de um sonho realmente ruim, deixa-la foi como ser lançada de volta para o pesadelo que era minha realidade.




 




Quando retornei à casa na qual me encontrava minha partida já havia sido acertada, minhas coisas se encontravam arrumadas e meus pais já haviam sido acionados, inclusive, encontravam-se no local, prontos para me escoltar de volta para casa, onde deveria ser purificada... Lágrimas começaram a escorrer por meu rosto, nem sequer sabia explicar o motivo delas, mas tinha uma certeza: Não queria ser purificada, ou voltar para casa, ainda havia tanto para ser descoberto! Eu precisava encontrar com Vio novamente, escutar um pouco mais sobre a liberdade.... Havia tanto a ser feito!




 




E foi assim que ‘decidi’ sair... Não foi bem uma decisão, já que agi muito mais por instinto do que por pensamentos e reflexões profundas sobre a decisão que tomaria. O fato é que naquela mesma noite minha ‘companhia’ foi minha varinha, alguns livros e três mudas de roupas, até porque tudo o que possuía eram vestidos longos e chapeis luxuosos e esse definitivamente não era o visual que desejava adotar dali para frente. Mais uma vez preciso explicar que há época essas decisões não foram conscientes, embora já devesse saber que o conhecimento é uma porta que não pode ser fechada.




 




Os minutos e horas se transformaram em dias e logo o café não era o único local onde Violette e eu nos encontrávamos, passamos a frequentar outros cafés, além da ONG na qual ela fazia trabalho voluntário. Um mês se passou e meus melhores momentos transitavam entre a biblioteca central e aqueles passados ao lado da loira, cujo conhecimento era tão amplo e encantador quanto a própria loira.




 




Um novo mês voou e eu já não tinha nenhuma pretensão de retornar as minhas origens, ainda que soubesse que meus pais ainda não haviam desistido.... Eles nunca foram ruins, vejam bem, apenas limitados pela fé cega que possuíam, o que também não era culpa deles, já que foram criados exatamente como eu, infelizmente, para eles, não eram bruxos, não tiveram uma janela por onde escapar e acabaram imersos naquele mundo pequeno de coisas vazias.




 




O terceiro mês veio acompanhado da primeira decisão concreta que precisei tomar durante esse período: Visitar meus pais! Não foi fácil, já que junto com minha fuga também havia aberto mão do dinheiro e do conforto, vinha sobrevivendo de minha magia e um trabalho de barista (Graças a Jeová, café eu sabia fazer muito bem!), cujo pagamento era bem insuficiente, de modo que acabei levando mais dois meses para finalmente conseguir retornar a Stamford Hill.




 




O bucolismo presente nas ruas e prédios foi capaz de cativar minha atenção, não há como negar que um local no qual a eletricidade, internet e telefones ainda não tenham dominado é bastante tentador, pelo menos por um tempo. A conversa que precisei ter com meu pai certamente foi a mais difícil de minha vida, assim como o foi sua reação: Ele disse que havia sido dominada pelo mundo, culpou-se por permitir que fosse para Durmstrang, além de considerar-se amaldiçoado, pois só teve uma única filha, o que no nosso mundo era algo extremamente negativo, e ela ser daquela forma.




 




Doeu, muito! Eu estava acostumada a ser o orgulho da família! Mesmo quando os demais apontavam para o ‘defeito’ de meu pai ter apenas uma filha, ele orgulhava-se em explicar que era apenas uma porque havia sido abençoada. Pelo visto esses sentimentos haviam sido apagados dele, mesmo assim ele fez questão de arrumar uma casa próxima a Sinagoga da Cidade do Cabo, onde poderia morar pelo período que desejasse.... Também conseguiu me arrumar um emprego que pagava um pouco melhor que o anterior e me colocou em um avião de volta para lá.




 




Não foi fácil, confesso.... Na verdade, foi extremamente difícil, especialmente os primeiros meses, sentia muita falta de minha mãe, do meu pai e até mesmo da Sinagoga. Eu sabia que eles não poderiam entrar em contato comigo, mais uma vez, a religião os proibia de manter contato com qualquer um que negasse o sangue judeu. Violette foi de inspiração para melhor amiga, irmã, braço direito e qualquer outra expressão que signifique alguém que lhe apoia em todos os momentos.




 




Aprendi sobre independência, resistência, empoderamento e liberdade.... As dúvidas que permeavam minha mente foram substituídas por certezas, ainda que estas fossem escassas, já que a humanidade não é uma ciência exata. Voltei a frequentar a Sinagoga, ainda que em uma vertente menos radical, onde as regras eram menos rígidas, mas poderia vivenciar a emoção dos rituais, sentir aquela presença espiritual maravilhosa, além de ter permissão para falar com meus pais, o que, apesar de tudo, sempre me fazia muito bem.




 




Momentos de conflito são extremamente importantes para o crescimento pessoal, hoje me considero uma pessoa melhor, uma mulher melhor, uma negra melhor.... É importante ressaltar isso, pois aprendi a ser exatamente quem sou, sem me desculpar por nenhum mero detalhe, então, repito: Sou mulher, negra, judia, bruxa com muito orgulho. Não foi fácil conciliar tudo isso, já que vivia entre o mundo judaico e o moderno, assim como vivia entre o mundo trouxa e o mágico... O importante, para mim, é que me sentia bem em cada um desses ambientes, por isso mesmo que hoje trabalhava como bibliotecária em uma escola para crianças judaicas, onde também havia uma Sinagoga, onde frequentava as reuniões, também trabalhava voluntariamente na mesma ONG que Violette, onde desenvolvíamos um trabalho junto a crianças de situação de risco, ajudando-lhes com mais do que alimentações, dando-lhes aulas e conhecimento para deixar aquela situação, por fim, mas não menos importante, trabalhava como jogadora de um time de quadribol feminino, onde poderia vivenciar a liberdade apaixonante de ser.



Este perfil já foi visualizado 2.517 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 21/05/2020 às 21:11:35