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ELM 4º ANO: MUITOS ENGANOS

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por Lara Lynch » 02/11/2014 às 22:24:08
Título: ELM 4º ANO: MUITOS ENGANOS
Lara Lynch
 

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{ MUITOS ENGANOS }


Estava parecendo uma muambeira regressando do Paraguai de tantos cacarecos que trazia comigo para aula de Ervas e Líquidos Mágicos. Já não fosse minha coordenação prejudicada, ainda carregando todos esses utensílios, sentia que um desastre poderia acontecer a qualquer momento. Bom, dessa vez não se concretizou, pelo menos não com toda tralha que eu levava, o que eu já fazia de mim uma bruxinha mais agradecida da benevolência divina do Senhor do Caos, que não metera sua mãozinha invisível na situação para ver o circo pegar fogo dessa vez. - Ai, ai... Estou morta! - Desabafava enquanto me sentava ao lado de Thessália, que possuía em sua mesa todos os itens arrumadinhos, ao contrário de mim, que me apresentava como o avatar da desorganização em pessoa. - Mas porque você veio carregando tudo isso? - A morena me questionava com um olhar confuso.

“Ela está brincando comigo?” - Aquela pergunta não fazia o menor sentido para mim. Era evidente que eu precisava trazer comigo todo material da aula! Senão, como faria para preparar as poções? - Trouxe porque precisava, oras! Você não trouxe o seu material de poções também? - Contudo, a corvina não me respondeu o que acreditava ser o óbvio. - Jura que você nunca reparou no armário dos estudantes, para deixarmos o material pesado que só usamos aqui, como caldeirões, adagas e frascos? - E nesse momento eu me senti a pessoa mais idiota do mundo, por sempre ter carregado meus utensílios de volta para o quarto ao final das aulas nos últimos três anos. - Ok! Esquece! Arruma as suas coisas ai na mesa. Já, já o professor vai começar a aula. - Thess me poupou da vergonhosa resposta ao observar meu silêncio e expressão atônita.

Não demorou muito para que o docente chegasse, cumprimentando os alunos e requerendo a lição de casa que havia deixado para os quartanistas na última aula, que felizmente eu possuía em minha mochila. - “Nada como ser uma bruxa prevenida!” - Sorria satisfeita, pegando a tarefa e a depositando sobre a mesa do professor. - Tive um trabalhão nesse trabalho. Desenhei toda a borda do pergaminho com canetas coloridas que minha avó me deu no meu aniversário. Fiz flores e plantinhas para combinar com o tema da disciplina. Acho que o Sr. Denvers vai gostar. - Comentei ao retornar à minha carteira com Thess. - Tanta gente nessa aula né? Primeiranistas e setimanistas junto conosco. O que diabos será que está se passando na cabeça do professor para colocar alunos de classes tão distintas numa mesma classe? - Cochichei, dando mais importância àquela fofoca do que ao que às instruções do mestre de poções, até que meus ouvidos captaram algo relativo a preparar uma poção junto dos primeiranistas.

- WHAT?! - O desespero escapou dos meus lábios, atraindo a atenção de algumas pessoas, para as quais me desculpei, voltando-me à Thess em seguida. - Ele só pode estar brincando! Ter que fazer uma poção com os primeiranistas, ainda mais tendo que instrui-los como prepará-la! Isso só pode ser um pesadelo. - Estava inconsolável com a notícia. - Acalme-se, Lala. É só executar os procedimentos que estão no livro. É até bom, porque assim você pode passar para os novatos o trabalho mais chato de picar ingredientes, amassá-los e etc. Só fica na supervisão. - Dizia a corvina, tentando me encorajar e fazer acreditar que aquilo não se tratava de algo ruim, pelo contrário.

Levei minhas coisas para outro balcão, onde prepararia a poção, quando me deparei com um sonserino novato a me encarar. Eu sabia quem ele era: Oliver Porter. Já o havia encontrado em outros momentos em Hogwarts – diga-se de passagem, uns nada glamorosos, como o baile de halloween em que ele passava mal próximo a escadaria, mas agora estava tudo bem. Enfim, até que ele não seria uma má opção de parceiro para aquela aula. Mesmo que nunca antes tivera a oportunidade de trabalhar num projeto com o garoto. - E ai, Olie! Está sem dupla? - Aproveitei para questioná-lo, mas sem responder que sim ou que não, ele deu uma resposta vaga, a qual fiquei sem entender qual seria seu real significado.

- Humm... Como é estar mais ou menos sem dupla? - O sonserino explicou o que era o mais ou menos e me fez imaginar quem seria a tal dupla que ele esperava que o convidasse. - Ah é? - Voltei-me para os demais cantos da sala, olhando as meninas do 4º ano. Quem seria a paixonite do novato? - E quem é a sua dupla? - Desisti de adivinhar, perguntando abertamente quem ele desejava como dupla. Eis que meu pescoço e rosto foram tomados de um vermelho anormal e eu comecei a gargalhar insanamente. Havia perdido o controle do nervosismo. Se não fosse mais vexatório, eu meteria minha cabeça dentro do caldeirão, porém isso não ajudaria. - Ai, ai... Você é engraçado, Olie! Vamos lá então! - Escapando do assunto que me constrangera, peguei o livro de poções e comecei a folheá-lo em busca da tal poção... - “Qual era o nome mesmo?... Era algo com Est-, mas não estou lembrada.” - Virava as páginas rapidamente até achar a que me parecia a certa. - “Estrebuchante. É isso! Vamos ler o passo a passo da poção então.”

Começava a ler o primeiro parágrafo das instruções de preparo quando percebi o jovem Porter ao meu lado, fuxicando meu livro. - Hey, hey! Eu que estou no comando aqui. Sem butucar o livro dos instrutores! - Delimitei as ações do novato, assim como Thessália havia me explicado. Não que ele não tivesse resmungado a respeito, mas eu ratifiquei a nossa condição. - Hierarquia, Olie, hierarquia... - Então li os ingredientes necessários para poção, fazendo uma barreirinha com a capa do livro para o garoto e então disse: - Preciso que você vá ao armário de ingredientes e pegue 01 litro d’água, 08 papoulas, 01 raiz forte bem gordinha, 05 pimentas dente de dragão e 500 ml de óleo mineral. - E fiquei observando o menino se encaminhar para o armário. Olhei para Thess, no balcão ao lado, e dei uma piscadela para a corvina, estendendo o polegar esquerdo, a fim de assinalar que tudo estava sob controle até o momento, retornando a leitura do preparo da tal poção em seguida.

Com o retorno de Oliver, já tinha alguns comandos prontos para passar, não deixando tempo para ociosidade. - Olie, preciso que você esprema bastante esta pimenta dente de dragão, para extrair todo sumo dela, e coloque dentro deste recipiente de vidro. Mas toma cuidado para não se queimar. Encostar nessa pimenta pode ser o cão de ardido! Então use luvas. E depois de espremer as pimentas separe bem a essência da pimenta dos caroços e do bagaço. A gente não vai precisar disso. - Com isto, peguei a raiz forte e comecei a picá-la no outro lado do balcão, separando metade da porção para misturar com o óleo mineral e untar o fundo do caldeirão de cobre antes de colocar a água com as papoulas para cozinhar em fogo baixo.

- Não, não, não! É para extrair o sumo da pimenta de dragão, não picar. Para isso, você tem que ir esmagando o dente de dragão para que a essência escorra dela. - Repreendi o sonserino ao perceber que ele não havia compreendido a minha explicação. - É tipo laranja, que se a gente fatiar não faz suco, só espremendo. Entendeu? - Constrangido, Porter se desculpou por ter se equivocado com as pimentas, coçando, involuntariamente, a cabeça. - “Ai minha nossa!” - Já tinha previsto o problema que aquilo causaria, puxando uma toalha disposta no balcão e a embebedando de água e tacando-a sobre a cabeça do menino, que já começava a sentir a queimadura da dente de dragão. - Tome cuidado, Olie! Você está bem? Essa pimenta é muito forte, como eu falei, a ardência é imediata. Mas esse pano úmido vai impedir que continue a doer. Não tire dai! - Fui enérgica, ressaltando o cuidado com aquele ingrediente.

Mais uma vez o menino se desculpou e corou envergonhado, fazendo meu coração derreter. Bom, não que ele não fosse de manteiga antes, entretanto aquilo era demais para mim. Assim, como sua cabeça já estava ocupada com a toalha molhada, acariciei suas costas, dizendo: - Está tudo bem. Só fiquei preocupada. - E sorri gentilmente para o sonserino, voltando às papoulas, que deveriam ser desmanteladas manualmente e colocadas para cozinhar em pequenos pedaços em um litro d’água, com fogo alto. - Depois que você terminar de extrair toda essência das pimentas, é preciso misturar bem com essa outra metade da raiz forte picada e fazer dela uma pasta, a qual será despejada no caldeirão em três partes iguais a cada 10 minutos. Mas primeiro a água com a papoula precisa entrar em ebulição, para começarmos estes procedimentos. - Disse entregando a vasilha com a raiz forte. - E girar! Girar em sentido horário é muito importante para a poção dar certo. Pelo menos 20 minutos em fogo baixo, cuidando para não criar uma casca no fundo do caldeirão. - Acrescentei.

Procedemos conforme previa a receita do livro, no entanto, ao comparar a densidade e coloração da nossa poção com a dos demais alunos que já começavam a entregar os frascos com a solução para a medibruxa que ficara para assistir-nos em caso de necessidade, conclui que havia algo errado ali. - Que diabos... Nossa poção está diferente. Porque a nossa poção estrebuchante não está igual às outras? - Perguntei ao sonserino, porém ele também não sabia dizer. Cocei o queixo, pensando no que poderia ter feito de errado, e logo me veio a ideia de consultar Thessália, a qual me dirigi em seguida no balcão ao lado. - Thess... Como está a poção estrebuchante de vocês? - Estranhando a minha pergunta e erguendo uma das sobrancelhas, a morena me corrigiu sem se aprofundar em detalhes. - Estimulante, você quis dizer, né? - E como se um raio de gelo tivesse alvejado a minha coluna, senti-me imobilizada por alguns segundos, não me dando conta exatamente do que minha amiga falava a respeito da produção de sua solução.

Retornei ao encontro de Oliver, desfazendo os olhos arregalados e normalizando a respiração para dar a má notícia ao menino. - Então, fizemos a poção errada. Mas a boa notícia é que aprendemos a fazer uma poção totalmente diferente. Olha que legal. Yei!!! - Um sorriso amarelo surgiu em meus lábios, enquanto meus braços comemoravam falsamente. Eu era péssima nisso, vide o sonserino que entrava em desespero ao descobrir que todo trabalho estaria escorrendo água abaixo. - Não! Não vamos tirar zero, vamos resolver isso! Pega mais água. Vamos diluir a poção e eu vou pegar uns tonalizantes e vai dar tudo certo. - Tentei utilizar um argumento positivo com o garoto, mas não adiantava, ele ainda insistia que estávamos perdidos. Sendo assim, não me restava outra opção a não ser ligar o alerta vermelho.

- Não temos tempo para fazer outra poção, eles não vão beber isso mesmo. Pelo menos se conseguirmos enganar a aparência já vai ser alguma coisa. Podemos tentar salvar nossa nota assim ou garantir nosso zero se ficarmos choramingando e não fazermos nada. - Diante da realidade nua e crua, o Porter aderiu ao plano B, indo buscar água, enquanto eu escolhia os tonalizantes que presumia serem os corretos para salvar aquela tarefa. - Pronto, agora vamos deixar essa poção rala feito um chá de camomila e com a mesma coloração das outras! - Afirmei confiante para o menino, iniciando a falcatrua. - “Espero que dê certo dessa vez... Por favor, Sr. Destino, me ajuda!”


[ Interações: Thessália (NPC) & Oliver Porter ]

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