“Oi, oi… tem alguém aí? Meu nome é John Stewart, tenho 17 anos e estou limpo há exatamente cinco minutos.” Ri, em seguida recebe um chute. “Brincadeirinha, gente. Não estamos aqui para falar de mim, não é mesmo? Uma pena porque tenho muitas histórias boas sobre mim para contar.” Apoia as pernas na cadeira, fugindo do segundo chute. “Vim aqui apresentar um dos meus melhores amigos de todos esses meus poucos aninhos de vida.” Retira um cigarro e o acende, dando um longo trago. “Aí, já não estou mais limpo.” Ao rir, recebe um chute mais forte que o primeiro e um aviso de que isso não é uma brincadeira. “Okay okay, minha gente. Calma.” Solta a fumaça.
“Vim aqui falar do Allan Dominique Goësbriand-LeBeau Hemingway. Ele não conta pra ninguém que tem nome grande, não fala que eu te disse isso. Ele não gosta que falem.” Sussurra, rindo. “O nome dele nem é feio. É bonito. Mas, vai entender. Eu respeito a vontade dele e só o chamo de Allan, te aconselho a fazer o mesmo.” Dá um novo trago no cigarro. “Ele acabou de se formar em Durmstrang, queria dizer que foi com louvor porque ele costumava ser um bom aluno, mas put* que pariu. De todos os anos, o último na academia russa foi o mais fodid*o de todos.” Solta a fumaça devagar. “Ele sempre foi um cara muito silencioso e isso não costumava ser uma coisa boa, pelo menos pra mim.” Cruza as pernas.
“Mas, ele dificilmente ignora quando falam com ele e foi assim que nos tornamos amigos. O cara tá sempre lendo ou fumando ou ambos. Esse hábito de fumar eu acabei adquirindo dele que já chegou na escola com os pulmões à la Chernobyl. Quem fuma antes dos onze anos de idade? Pois é, o Allan e com certeza um monte de gente por aí. Fod*-se, tô nem aí.” Traga novamente. “Levei uns três anos pra saber o que realmente tinha acontecido com ele e entendi o porquê era tão travado, o que acabou sendo totalmente compreensível pra mim. A mãe dele faleceu e para um garoto que tinha o costume de ter a companhia da mesma para praticamente tudo em sua vida, perdê-la num súbito deve ter sido e foi uma porrada muito grande.” A fumaça exala enquanto fala.
“Mas, como a vida não estava satisfeita em f*der a cabeça dele, a irmã dele morreu no ano passado e da mesma forma que a mãe dele. Porque né, ambas se mataram. É… muito pesado. O que já era complicado, piorou. Tenho quase certeza que, na cabeça dele, ele se culpa por isso. O que não faz sentido algum, é claro. Mas, é o que acho. Nunca conversamos abertamente a respeito disso e sei que não é uma ferida que se cura de forma fácil. Mas, ele sabe que pode contar comigo pro que precisar, até porque, a gente mora junto.” Traga novamente. “Pois é e foi convite do Allan, nem pedi nada não. No último dia em Durmstrang, tivemos uma despedida muito fod*, extremamente do caralh*, tinha um parque de diversão, cara! E podia dizer que Allan estava feliz naquele dia ou parcialmente feliz, porque vê-lo sorrindo não é algo muito comum.”
Respira e solta a fumaça. “E no meio da nossa comemoraçãozinha, o diretor da dinastia se dispôs a ajudar ele, o que achei super da hora e deixou com ele a chave de um loft na França. Como o pai do Allan não liga muito pra ele, o que não entendo até hoje, é legal ver que outros adultos se importam. Mas também, o que dizer de um cara que não deixou a própria filha ter um enterro decente? Só pode ser um filho da put*.” Dá o último trago. “Tem muita coisa sobre o Allan que eu gostaria de falar, mas acho que já falei demais e pelo amor de David Bowie, não fala pra ele que te contei o nome dele todo ou ele vai me matar. Acho que ele não conta porque é uma lembrança da mãe dele e… depois de tudo o que aconteceu… é relativamente compreensível. Não acho que é algo que ele queira apagar, mas também não é algo que o agrade.”
[Bicho Papão] - Maior Medo: Goteira.
[Dementador] - Memória: O corpo de sua mãe, morta, na banheira.
[Testrálios] - Viu a Morte?: Sim.
[Tattoo] - Marcas corporais: Tatuagens pelo braço esquerdo e uma cicatriz feita por um canivete no peitoral, próximo a clavícula.