Sobrevivemos ao fim da saga de Harry Potter. Por mais de 12 anos distribuindo Magia!!!
Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO
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Dizem que ser homem é fácil. Talvez fique mesmo à medida que você cresce. Para o pequeno Cody, estar preso ainda a forma de um menino, parecia insuportável. Muito mais quando estava fadado a viver com cinco mulheres em casa. Para o pai era fácil, como escritor, se trancava no quarto e só saía para comer ou banhar-se. Ele não... O pequeno tinha de conviver com os chiliques da mãe e das irmãs vinte e quatro horas do dia desde que nasceu. Não seria surpresa dizer que o jovem francês passava mais tempo perambulando pelo vilarejo ou a floresta, jogando pedrinhas nos rios e conversando com uma árvore oca, escondida no meio de uma clareira esquecida. Ela era sua única amiga em todo o universo. Às vezes, achava que o espírito do tatara-tatara-tatara-avô, Charles Perrault, jazia ali contido, sempre o aconselhando silenciosamente por meio da natureza. Dessa forma, o pequeno Cody Jacques foi amadurecendo com a solidão. As mais velhas da casa o ignoravam e as mais moças lhe zombavam os gostos estranhos. Sua mãe, sempre alegre, apesar da falta de dinheiro e todos os infortúnios, escolhia uma canção especial e a tocava no violino para animá-lo. Para o castanho, não havia magia no mundo capaz de superar os dedos ágeis da matriarca sobre as cordas do instrumento. E, bom, mágica nunca fora um problema, não é mesmo? Ainda que disfarçados de Vilarejo Medieval Turístico, os habitantes de Conques lidavam com o assunto de forma descontraída, mesmo os trouxas ingênuos. Em algumas épocas do ano como o Samhain, também aniversário de Cody, a festa se estendia por dias e noites, abarrotada de boa comida e bebida. Aquela era, genuinamente, uma data que valia apena esperar e, de certa forma, a única que o fazia deixar seu casulo. O medo da socialização foi o que o levou a escolher Beauxbatons como linha teórica para depositar sua confiança. O fato foi dado como curioso por seus pais e arrogante pelas irmãs, mas, ele não se importava com isso. Só queria sair de casa e ter um pouco mais de visão do mundo além daquele floresta enorme. Conhecer calor e fugir das paredes de pedra fria de sua casa. Desejava ter um amigo que fosse, apesar de não saber como e, mais do que tudo, queria ser respeitado pelo que era e não rebaixado pelo que não tinha de material. Um rico menino pobre, eu diria. |
Este perfil já foi visualizado 2.655 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 19/02/2024 às 17:13:42