JORNAL LUMMUS

VADUZ, Setembro de 2022

A seleção em Beauxbatons
Entenda como o processo ocorre.

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Como se sabe, a Academia de Magia Beauxbatons possui um processo único de seleção dos alunos iniciantes ou daqueles que se transferem para lá. Devido à influência divina das patronas de suas mansões, aqueles que passam por esta etapa, jamais esquecem o momento em que são acolhidos por uma das três Deusas.

Após a viagem de carruagem até o território da escola, os alunos são conduzidos diretamente até o auditório da Academia, finamente decorado para a ocasião. É dito que a escola francesa se adorna não apenas para receber os recém-chegados, mas também devido à importância do evento. Mais do que uma recepção, é uma celebração à escola e às suas protetoras, Brigit, Mélusine e Morrigan, já que, apenas nesta ocasião as três são invocadas ao mesmo tempo.

O começo da solenidade é marcado por chamas coloridas – rosa para Brigit, azul para Mélusine e roxa para Morrigan – envolvendo cada uma das estátuas. Estas chamas aumentam de intensidade e se desprendem de seus locais de origens, partindo em direção ao teto, em formato de triskle. A cena é bela: as chamas dançam no ar em um ritmo intenso, ainda que não haja pressa em terminar o movimento. Quando, finalmente, elas explodem, cada aluno a ser selecionado recebe um pequeno fragmento das chamas. Elas não ardem, muito pelo contrário. O consenso entre aqueles que tiveram essa experiência é de que a sensação inspira puro acolhimento.

As chamas se manifestam nos alunos de duas maneiras diferentes. A primeira, mais óbvia, é no uniforme de cada um: mangas, gravatas e detalhes assumem a cor correspondente da mansão para qual cada um foi selecionado. Ainda mais marcante, entretanto, é a voz que cada um dos alunos ouve, no íntimo de sua mente. Cada deusa acolhe os seus de maneiras diferentes, através de frases em gaulês, remetendo à origem da Academia. Quando o último fragmento de chama desaparece no grupo, as estátuas voltam ao seu estado original e a cerimônia se encerra. Só então eles são conduzidos ao salão de jantar para se reunirem aos seus novos colegas de casa, ouvirem os eventuais avisos da direção e finalmente, poderem ter o primeiro contato com a excelente cozinha de Beauxbatons.

Muito embora este seja o único contato direto dos alunos de Beauxbatons com as Deusas que os protegem, este costuma ser suficiente para que cada um entenda o quão especial é estar dentro da instituto e para que o momento fique marcado em suas mentes mesmo anos após o fim de seu período escolar.


Escrito por: Jules Archambault

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19/06/2022 às 21:28:29



JORNAL LUMMUS

HOGWARTS, 30 junho de 2021

O Retorno de Hogwarts
Magia e estudantes voltam a habitar a escola britânica

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A dias do final do ano letivo, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts tornou a abrir seus portões, recebendo não apenas estudantes, mas também alguns pais e convidados ilustres. Uma comemoração ante o retorno à normalidade mágica da instituição de ensino britânica e uma homenagem aos que prestaram auxílio direto ou indireto até que aquele problema, que se delongara por anos e chegara à máxima de uma aparente extinção mágica, tivesse seu fim.

O anúncio, de que haviam sido solucionados quaisquer problemas no fluxo mágico ao longo de Hogwarts, foi feito aos estudantes na segunda metade de junho, junto de um aviso de que todos retornariam à Grã-Bretanha após o período de provas. Assim sendo, a poucos dias do final do ano letivo, o corpo discente da escola britânica, que havia sido divido em um intercâmbio junto a Academia Beauxbatons, na França, e o Instituto Durmstrang, na Rússia, se viu novamente junto e de volta aos terrenos de sua instituição de origem, a qual se mostrava livre da névoa que a cobrira por dois anos.

Após serem recepcionados pela vice-diretora interina, Prof.ª Scarlett Adams, os estudantes foram conduzidos até o Salão Principal, em ordem, encontrando o ambiente em todo seu potencial. O teto mágico, ornamentado por velas flutuantes e incandescentes, refletia o céu limpo do exterior; nas paredes as pinturas dos quadros se moviam, saudando os recém-chegados, enquanto ao longo do salão, as cores e brasões das quatro casas que formam Hogwarts se espalhavam de modo igualitário.

Os fantasmas de cada uma das casas, que haviam sumido quando toda a falha mágica teve início, retornavam a sua não-existência, flutuando próximo dos funcionários da escola britânica. Junto destes, além de representantes da Confederação Internacional dos Bruxos, contou-se também com a presença dos vice-diretores de Beauxbatons, Isabelle Revolverheld, e de Durmstrang, Gen. Cameron Gallagher, e dos pais de alguns dos estudantes, convidados para conferirem por si mesmos a ordem reestabelecida e o retorno da segurança necessária para o ensino mágico de seus filhos.

Em meio a seu discurso de boas-vindas, Lothringen esclareceu aos presentes que a névoa havia sido obra da réplica de um artefato antigo, considerado por bruxos e não-bruxos como uma lenda: a caixa de Pandora. Como aquele item havia surgido em Hogwarts permanece um mistério, mas de acordo com o relato oferecido, a presença dela se dava pelo menos desde o final do século XVII, quando dois estudantes, Jeremy e Joseph Without, a encontraram pela primeira vez e, sem perceber o perigo que ali existia, começaram a estudá-la.

Quando esta compreensão ocorreu, tardiamente, os dois alunos buscaram selar o item, sendo presos pela caixa no processo e desaparecendo de seu tempo. Apesar do feito, com o passar dos séculos o selo se enfraqueceu e a caixa, então, voltou a ser aberta, resultando nas ocorrências que assombraram Hogwarts ao longo dos últimos anos. O fim desta longa história veio no início de junho, devido ao esforço dos funcionários da escola britânica que, em conjunto com o Sr. Babylas Neveu, escolhido pela Confederação Internacional dos Bruxos para auxiliar naquele caso, encontraram a chave necessária para a solução derradeira.

Oferecida esta explicação, foi feito um agradecimento formal aos representantes de Beauxbatons e Durmstrang, uma vez que as escolas haviam disponibilizado as condições necessárias para que os alunos prosseguissem seus estudos sem perdas. Uma homenagem singela, que refletiu a gratidão de Hogwarts para com as duas instituições de ensino, reiterando também a conexão presente entre as três grandes da Europa e servindo como ponto final para aquele capítulo conturbado da escola britânica.

Um fim e, como determinado pelo diretor Lothringen, um “recomeço”, com o castelo de Hogwarts disponível para perfeita visibilidade dos olhos mágicos, seus quatro fantasmas patronos presentes em sua existência etérea, a magia restaurada em sua totalidade e mudanças previstas. Nada anunciado de modo efetivo, de modo a tornar como novo mistério que envolve a Hogwarts, justamente o que, após os anos turbulentos já passados, o futuro há de reservar para a instituição e todos aqueles a ela ligados.

Escrito por: Karen Dernach

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29/05/2021 às 23:54:26

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